Este é o blogue do curso de Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação de Portalegre. Opiniões, reflexões, textos mais ou menos conseguidos... Passem por cá.
Não é a primeira vez, não é caso único, nem tão pouco é a única publicação a fazê-lo. Deixou-me, no entanto, algo admirado a frequência com que é feita referência à etnia dos suspeitos, e sobretudo a forma como isso é "puxado" para título, bem como a forma como é iniciado o texto.
Duas perguntas: A referência a cidadãos de etnia cigana é essencial para que o assunto seja notícia? Essa mesma referência contribui com alguma novidade de relevo para a notícia? Parece-me que não.os assaltos aconteceram, e podiam ter sido perpetradospor qualquer cidadão. O título do Jornal Fonte Nova só servirá para criar um estigmatizar a étnia cigana. O Ricardo tem razão, cada vez é mais frequente este tipo de referência (nacionalidades, raças, religiões e sexos) nos jornais portugueses.
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Não é a primeira vez, não é caso único, nem tão pouco é a única publicação a fazê-lo. Deixou-me, no entanto, algo admirado a frequência com que é feita referência à etnia dos suspeitos, e sobretudo a forma como isso é "puxado" para título, bem como a forma como é iniciado o texto.
Estatuto do Jornalista
Artigo 14.º
Deveres
Independentemente do disposto no respectivo código deontológico, constituem deveres fundamentais dos jornalistas:
(...)
e) Não tratar discriminatoriamente as pessoas, designadamente em função da cor, raça, religião, nacionalidade ou sexo;
(...)
Duas perguntas:
A referência a cidadãos de etnia cigana é essencial para que o assunto seja notícia? Essa mesma referência contribui com alguma novidade de relevo para a notícia?
Parece-me que não.os assaltos aconteceram, e podiam ter sido perpetradospor qualquer cidadão. O título do Jornal Fonte Nova só servirá para criar um estigmatizar a étnia cigana. O Ricardo tem razão, cada vez é mais frequente este tipo de referência (nacionalidades, raças, religiões e sexos) nos jornais portugueses.
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